segunda-feira, 26 de novembro de 2007

A Casa

Tinha em sua casa uma falta de tudo
Coisas que a qualquer ser repugnante
Fariam uma imensa diferença.
Esta falta de tudo era visível a olhos nus
Mas somente a olhos crus
Pois naquela casa havia uma abundância de nada
Que só nós, os amantes, víamos.
Havia um calor, uma vida, uma energia
Algo que os olhos não viam.
Estava em todo lugar, era insignificante
Mas estava cheio disto, em cada cômodo, no ar
E sem dúvida era a maior riqueza que havia naquela casa
Aquele nada,
Era aos meus olhos tudo!
Uma superabundância de amor.
Que lugar completo!

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